O Papel do Lucro na Sociedade: Uma Perspectiva Necessária
- Garda Team
- há 7 dias
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Atualizado: há 3 dias
Entendendo porque Lucro Não é Crime e Como Ele Impulsiona a Economia

No Brasil, existe uma distorção cultural preocupante: o empresário muitas vezes é retratado como vilão. Quem prospera, gera riqueza ou cresce seus negócios é, com frequência, visto com desconfiança ou até mesmo hostilidade. Diferente dos Estados Unidos — onde o empreendedor é admirado, reverenciado e colocado como motor da sociedade —, no Brasil, sucesso financeiro ainda carrega o estigma da culpa. E isso precisa mudar.
É hora de afirmar, com todas as letras: lucro não é crime. Ambição não é pecado. Pelo contrário, são pilares fundamentais para o desenvolvimento de qualquer nação que queira prosperar.
Lucro é a Base da Transformação Social
Não há ferramenta mais poderosa de transformação social do que o lucro. Somente ele é capaz de gerar empregos, fomentar inovação, ampliar investimentos e, de quebra, alimentar os cofres públicos com os impostos necessários para manter os serviços estatais funcionando.
Enquanto o Estado consome, o setor produtivo entrega. Sem o lucro que financia salários, empreendimentos e inovação, o mundo mergulharia no caos e na miséria. É a geração de riqueza que move a economia — e esta não surge do nada. Riqueza se constrói com investimento, trabalho e conhecimento. É a lógica simples, porém poderosa, do capitalismo saudável: plantar, cuidar e colher. Isso é empreendedorismo.
Ambição Não é Egoísmo. É Responsabilidade.
Muitos ainda acreditam que desejar mais — mesmo após alcançar um patamar elevado de riqueza — seja sinal de ganância. Mas essa visão é rasa, simplista e, muitas vezes, contaminada por uma narrativa que demoniza o sucesso. A verdade é que a ambição, quando guiada por propósito e responsabilidade, é uma das maiores forças do progresso humano.
Quando um bilionário decide continuar expandindo seus negócios, ele está, na prática, abrindo novas portas para milhares de empregos, injetando capital em pequenas empresas, fortalecendo cadeias produtivas e ampliando sua contribuição tributária para o país. Um império que cresce é uma rede de oportunidades que se multiplica — para fornecedores, colaboradores, famílias, comunidades inteiras.
Imagine o impacto de uma empresa que dobra de tamanho: mais fábricas, mais lojas, mais serviços. Isso significa mais vagas, mais treinamento, mais dignidade. Significa um jovem de periferia entrando no mercado de trabalho. Um pai de família que agora pode pagar uma escola melhor para o filho. Um comerciante local que vê seu faturamento aumentar porque um novo centro logístico foi aberto em sua cidade. Isso é o que a ambição saudável é capaz de provocar.
Ambição, nesse contexto, não é sobre ego — é sobre escala. É sobre fazer o bem em grande quantidade. É sobre assumir o compromisso de ser útil para mais pessoas, por mais tempo e em mais lugares.
Ficar apenas desfrutando dos frutos conquistados, isolado em conforto, pode até parecer sensato para alguns. Mas para quem entende o verdadeiro poder da iniciativa privada, isso é pouco. O empresário que decide crescer mais não está pensando apenas em si. Ele está assumindo uma postura ativa diante da realidade, entendendo que a sua expansão é alavanca para a transformação do ambiente ao seu redor.
Homens e mulheres ambiciosos são os que construíram o mundo que conhecemos. Dos grandes inventores aos fundadores de empresas icônicas, das indústrias que revolucionaram o transporte, a comunicação e a saúde, até os pequenos comerciantes que transformaram bairros inteiros — todos movidos pelo desejo de fazer mais, de impactar mais, de crescer.
Não se deixe enganar: ambição é do bem. Ela é combustível para o desenvolvimento social, para o combate à pobreza e para a geração de oportunidades. E, num país como o Brasil, com tanta desigualdade e tanta carência de líderes produtivos, ambição não é um luxo. É uma necessidade.
Heróis de Verdade
No Brasil, temos 43 milhões de pessoas no setor produtivo, entre empresários, empreendedores e funcionários. São esses que sustentam os outros 160 milhões que não produzem sua própria renda. Entre eles, 11 milhões são micro, pequenos, médios e grandes empresários que carregam a economia nas costas. Goste você ou não, isso exige coragem. Isso exige visão. Isso exige heroísmo.
Empreender no Brasil é um ato de resistência. É enfrentar a burocracia, os impostos sufocantes, a insegurança jurídica e, ainda assim, continuar gerando soluções, empregos e oportunidades. Quando um empresário prospera, todos prosperam.

O Estado Não É o Salvador
É preciso desfazer — de uma vez por todas — o mito de que o Estado é o herói da história. Ao contrário do que se prega em muitos discursos populistas, o Estado raramente é o agente de transformação positiva que se deseja. Ao longo da história, foram justamente os governos — e não os empreendedores — os protagonistas das maiores tragédias sociais, dos mais cruéis genocídios, das crises econômicas mais devastadoras e dos esquemas de corrupção mais vergonhosos já registrados.
O Estado, por definição, opera com recursos que não produz. Ele consome o que o setor produtivo gera. E, frequentemente, administra mal. Os privilégios de sua máquina inchada são pagos pelos impostos de quem empreende, de quem arrisca, de quem gera. O discurso de que o Estado “ajuda os pobres” é bonito na teoria, mas na prática, a estrutura estatal brasileira consome bilhões com uma elite de servidores privilegiados, deixando migalhas para os que realmente precisam de amparo.
Mais do que isso: o Estado, muitas vezes, age para proteger a si mesmo, não o cidadão. Age para preservar o poder, manter suas castas intocáveis e garantir os interesses de grupos que orbitam os centros de decisão. A burocracia excessiva, os entraves regulatórios, a insegurança jurídica e o sufocamento tributário são ferramentas para manter os empreendedores sob controle — e, com isso, limitar o crescimento que poderia de fato beneficiar milhões de brasileiros.
O verdadeiro impulsionador da economia é o setor privado. É ele quem gera empregos, inovação, competitividade e eficiência. É do esforço anônimo de milhões de trabalhadores, microempresários e grandes visionários que nasce a verdadeira prosperidade. É no empreendedor que está o espírito transformador. A prosperidade não vem de Brasília. Ela vem de quem acorda cedo, enfrenta obstáculos, investe o que tem — e muitas vezes o que não tem — e transforma ideias em soluções, problemas em oportunidades, suor em resultado.
A transformação que o Brasil precisa virá quando entendermos que o Estado deve servir ao povo, e não o contrário. Quando pararmos de ver o governo como pai e passarmos a enxergá-lo como um gestor temporário e limitado, que deve facilitar — e não atrapalhar — a vida de quem quer produzir. Quanto mais liberdade e incentivo tivermos para empreender, inovar e crescer, maior será o impacto positivo na sociedade.
Não é o Estado que constrói escolas, hospitais ou empregos. Quem faz isso é o dinheiro gerado por empresas privadas, por empreendedores ousados e cidadãos que trabalham duro todos os dias. O Estado apenas redistribui — muitas vezes de forma ineficiente — aquilo que não criou.
Está na hora de pararmos de romantizar o Estado e começarmos a valorizar quem realmente carrega este país nas costas.
O Brasil precisa urgentemente mudar sua mentalidade em relação ao lucro, à ambição e ao papel do empreendedor.
A riqueza não é um problema — ela é a solução. Que venham mais empresários. Que surjam mais bilionários. Que floresçam mais negócios. Porque onde há lucro, há progresso. E onde há progresso, há esperança. Viva o lucro!
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